16 abril, 2014

Motivações

           Podemos estudar o corpo humano por completo, saber o nome de todos os ossos que nele se encontram, podemos até saber de geografia decorando as capitais de todos os países do mundo e ainda de matemática sabendo aplicar todas as fórmulas. No entanto, nunca desvendaremos o mistério que é a mente humana. Após três anos, posso dizer com toda a certeza que aprendi, nomeadamente, que as pessoas são plásticas, que se encontram em permanente transformação, e que o seu potencial de mudança vai acontecendo em função das circunstâncias em que se encontram e também das suas opções. À medida que vão avançando na idade tornam-se, talvez, menos plásticas, mas, a verdade é que nunca deixam de o ser. As pessoas adaptam-se a tudo: às coisas boas e às coisas menos boas. Moldam o seu comportamento a tudo e todos. Por isso, é importante construirmos pessoas.
            Álvaro de Campos inspira-me mais do que o próprio Fernando Pessoa, o pessimismo de Nietzche ajuda-me a ser otimista: por vezes, temos que conhecer muito bem o mau para dar valor ao bem; Klimt inspira-me com imagens, e a célebre frase “Eu quero amar, amar perdidamente!” de Florbela Espanca persegue-me diariamente. De entre muitas outras pessoas que me possam inspirar, a minha maior inspiração sempre serão os meus pais. Os meus pais mostraram-me a vida toda que sem trabalho e esforço nunca atingiremos os objetivos que pretendemos; que subir uma montanha por um tapete rolante ou passo-a-passo pode dar ao mesmo destino, mas o sentimento de realização pessoal será completamente diferente, e o olhar que lançamos para baixo reflete respeito por quem percorre o mesmo caminho da luta. Mas o caminho deve ser humilde e sincero, senão apenas estaremos a caminhar de costas para os nossos objetivos....


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