29 janeiro, 2014

Trocas e Baldrocas

27 Janeiro 17.05
Hoje vou vos contar como tirei a minha carta de condução.
Primeiro claro, comecei pelas aulas de código, em Setembro de 2011. Acho que não preciso de dizer que comecei com uma motivação extrínseca bastante identificada pois tinha noção que queria mesmo aquilo. Mas rapidamente as aulas de código passaram não para segundo plano, mas para quinto ou sexto!
Depois de quase um ano passar lá resolvi marcar o exame (logo para o dia seguinte ao que seria a melhor festa do ano)... e após muito batalhar, a meio de 2012 consegui passar no exame de código com apenas um resposta errada.
Mas até aqui, nada de novo nem nada de interessante certo?
Pois o verdadeiro desafio começou quando iniciei as aulas de condução. O meu primeiro instrutor, o sr. V., foi o que me ensinou o que era a embraiagem, os travões e o meu querido acelerador, assim como o travão de mão, os piscas e claro as mudanças e tudo o resto... como eu desejei ter um carro automático mas minhas aulas.
Após cerca de cinco aulas de condução o sr. V. aparentemente foi despedido e foi me atribuído outro instrutor mediante a disponibilidade. O sr. Lixo (não me lembro do nome dele, mas odiei-o).
O sr. Lixo trouxe consigo para as aulas de condução um carro completamente diferente das minhas primeiras cinco aulas (uma das letras da matrícula era um L, foi assim que passei a identificar o carro). Ora vocês podem estar a pensar: "oh é bom mudar de carro, habituaste a vários carros. e até é divertido conduzir um carro diferente e melhor!". Claro que é divertido! Agora quem me dera que me dessem um carro diferente todos os dias. Um BMW ou um Mini Cooper, por exemplo.
Mas não. Para uma aprendiz, ter que voltar a esta zero e voltar a aprender o tão odiado ponto de embraiagem é horrível. Já para não falar nos insultos e gritos constantes que tive que lidar durante as aulas pelo sr. Lixo. Claro que, após umas quatro aulas, não tive outro remédio senão mudar de novo de instrutor: o sr. Herói (lembro-me mt bem do nome mas o carro tinha um H na matrícula e mais uma vez, foi assim que passei a identificar).
O carro era da mesma marca que o do Sr. Lixo. Não gostei muito desse pormenor, mas lá tive que me contentar. As aulas passaram a ser óptimas, grandes conversas, muita calma e sentia-me muito mais animada a aprender a conduzir... Até que a umas sete aulas do final do cartãozinho a escola de condução resolveu tirar-me o meu sr. Herói, por falta de tempo da parte do mesmo. Ou ficava a espera do sr. Herói durante um mês sem aulas ou... pronto. Lá tive eu que mudar de instrutor outra vez. Lembro-me das palavras da rececionista: "vamos lá agora começa tudo direitinho! não há problema". Sim, depois de 20 e tal aulas vou começar direitinho.
Apareceu-me então o sr. P. e com ele um novo carro, completamente diferente de todos os anteriores.
Sim, voltei para a estaca zero após tanto tempo. Novamente um novo ponto de embraiagem, novas medidas, novo tudo! Este sr. P.  acreditava muito "no meu potencial" mas "precisava de muitas mais aulas!".
Até que, numa das aulas do sr. P, este resolve dizer-me: "olha eu vou ser sincero contigo porque esta é a última aula que eu te vou dar porque vou mudar de escola..." (e eu já nem ouvi nada a partir daí!)
Pois. Tive que mudar de instrutor outra vez.... Surreal.
Exigi o sr. Herói e com ele de novo o meu carro anterior. E lá fui eu ter mais aulas. Mais dez até das que devia.
Pois bem, dia 5 de Junho de 2013 consegui acabar com este pesadelo. Tirei a carta pelo IMTT.
E aqui estou eu todos os dias no meu belo carro.

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